“Todos nós subestimámos Kim Jong-un, que provou ser um ditador cruel, astuto e calculista”

Na Coreia do Norte, com um povo faminto e elites corruptas, opositores escolhem desertar e não derrubar o regime. Quem se atreve sabe que não será o único perpetuamente desterrado para um gulag. Mas também os pais, a mulher e os filhos. Três gerações pagarão o preço da dissidência. Numa biografia ímpar e de leitura obrigatória, a jornalista Anna Fifield revela o mundo racional e absurdo do “Supremo Líder” em Pyongyang. (Ler mais | Read more...)

A Coreia do Norte de Kim Jong-un tem o quarto maior exército do mundo: 1,2 milhões de soldados, segundo Anna Fifield
© KCNA | AFP | The Wall Street Journal

Anna Fifield é autora da mais importante biografia do líder da Coreia do Norte: The Great Successor: The Divinely Perfect Destiny of Brilliant Comrade Kim Jong Un. Especialista na Ásia, atualmente chefe da delegação do diário The Washington Post em Pequim, a premiada jornalista neo-zelandesa fez 14 visitas – “fascinantes, bizarras e frustrantes” – ao “Reino Eremita”, desde 2005.

Para esta obra de mais de 300 páginas, Anna Fifield foi à procura de todos os que, longe do “paraíso socialista”, contactaram com Kim Jong-un, entre eles o português João Micaelo, seu melhor amigo numa escola em Berna, e os tios maternos obrigados a desertar, tal como dezenas de outros que aceitaram testemunhar.

Numa entrevista  que me deu, por e-mail, Anna Fifield fala das ambições e desafios do homem que completa 35 anos de vida em 8 de Janeiro de 2020 – o dia e o mês em que, em 2009, o pai o anunciou como sucessor.

Alguns esperavam que, tendo estudado na Suíça sobre direitos humanos e democracia, Kim Jong-un viria a ser um reformista. Mas, afinal, revelou-se um “ditador brutal”…

Todos o subestimámos porque, achávamos que iria fracassar. Com 27 anos, era muito jovem. Não tinha experiência nem qualificações para liderar o Partido (comunista) dos Trabalhadores ou o exército. E menos ainda o país. Mas deu provas de ser extremamente astuto e calculista, e enfrentou a missão com uma racionalidade surpreendente.

Kim Il-sung, o fundador da dinastia (à esq.), viveu até aos 82 anos. Kim Jong-il (à dir.) até aos 70. Kim Jong-un, que completa 35 no dia 8 de Janeiro de 2020, quer garantir que a sua “monarquia comunista”, sobrevivente há mais de sete décadas, não morrerá consigo
©KNS | AFP | Getty Images | NBC News

10 Outubro 2010: Kim Jong-un e o pai, Kim Jong-il, assistem em Pyongyang a um desfile militar que assinalou os 65 anos da criação do Partido (comunista) dos Trabalhadores da Coreia
© Vincent Yu | AP | The Atlantic

Como percebeu ele o que tinha a fazer para sobreviver?

Avançou desde logo com o programa nuclear. Para se defender do mundo exterior e reforçar o orgulho nacional. Foi também impiedoso ao ponto de, primeiro, se aproveitar das pessoas que conheciam bem as instituições do regime e, depois, quando já não precisava dos seus conselhos, mandá-las executar, como fez com um tio, o chefe do exército e o chefe da propaganda.

Um cientista político disse-me que os primeiros dois anos são os mais difíceis para um novo ditador. Findo esse período, serão maiores as probabilidades de sobreviver ou ter uma morte natural. Kim Jong-un está no poder há oito anos e firmemente ao leme.

Kim tem o quarto maior exército do mundo (1,2 milhões de soldados), capacidade para produzir 6-7 bombas nucleares por ano e ainda mísseis balísticos. Como avalia esta ameaça?

Ele investiu todo o dinheiro e energia num programa de armas nucleares e fez progressos impressionantes ao desenvolver mísseis balísticos intercontinentais que podem, teoricamente, atingir os EUA. A sua arma nuclear é, quase de certeza, a bomba de hidrogénio.

Era suposto que sanções internacionais o impedissem de arranjar fundos e componentes para fabricar estes arsenais. Mas o regime conseguiu contornar as sanções.

Além de testar estas armas e ameaçar usá-las, Kim formou também um gigantesco exército de ‘guerreiros cibernautas’, que atacam redes de computadores [em pelo menos 150 países], incluindo os da Sony nos EUA e do Serviço Nacional de Saúde britânico.

Conseguiram roubar 81 milhões de dólares do Banco Central do Bangladesh e só uma gralha os impediu de desviar mais. Para Kim, esta capacidade é muito útil, porque lhe permite causar o caos e ganhar dinheiro sem deixar rasto.

Kim Jong-un e Donald Trump durante o seu primeiro encontro em Junho de 2018. Da parte do líder norte-coreano, esta é “uma relação totalmente pragmática e não uma beautiful relantionship” como a descreve o president americano, segundo Anna Fifield
© Evan Vucci | AP | TIME

A Coreia do Norte construiu armas nucleares propositadamente para deter os EUA. E Washington tudo tem feito para conter e isolar Pyongyang. Será algum dia possível ultrapassar este fosso, estratégico e ideológico?

É da natureza dos ditadores serem paranóicos e a Coreia do Norte tem razões para temer os EUA. O regime instila o medo do que vem de fora, mantendo vivas as memórias da Guerra da Coreia, quando os bombardeamentos americanos quase aniquilaram o país.

Kim sabe bem o que aconteceu a Estados como o Iraque, a Líbia ou a Venezuela, onde a América derrubou líderes como ele. O seu regime garante que o programa nuclear tem objetivos de dissuasão, para evitar um ataque dos EUA. E eu acredito que Kim sabe que seria um suicídio usar armas nucleares de forma ofensiva.

Como é que define a relação entre Kim e Donald Trump?

Da parte de Kim, é uma relação totalmente pragmática e não a beautiful relantionship descrita por Trump. Contudo, Kim sabe que, não sendo Trump um presidente convencional, ele representa a melhor oportunidade para chegar a um pacto favorável com os EUA.

Não creio que vá desistir das armas nucleares, mas talvez aceite um pequeno compromisso para obter de Trump concessões, sobretudo o alívio das sanções.

Os norte-coreanos estão a par do calendário eleitoral americano, e esperam que Trump queira firmar um acordo, para o apresentar como uma vitória de política externa antes das eleições [de 2020]. Por outro lado, acho que há, também, algum desespero por parte de Kim.

Ele tem consciência de que, para continuar a clamar que é o melhor e mais legítimo líder, precisa de mostrar progressos no campo económico. E, com sanções, não consegue isso.

“Kim Jong-un sabe que ter um núcleo de elites com interesse em mantê-lo no poder é essencial à sua sobrevivência nas próximas décadas”, diz Anna Fifield. “Estas são as pessoas mais perigosas para o regime, porque as suas vidas começaram a melhorar e as expectativas a aumentar”. Fotos de cima para baixo: 1) Dois estudantes universitários analisam uma imagem numa câmara digital Canon Powershot A3300; 2) Uma mulher aprende a andar a cavalo num clube de equitação em Pyongyang; 3) Dois noivos poisam com o seu dálmata no jardim zoológico da capital norte-coreana
© vice.com

Apesar das sanções, o seu livro revela a existência de elites com acesso a todos os luxos. Quem são elas e até que ponto são fiéis ao regime?

Para a maioria dos norte-coreanos, a vida é extremamente difícil. A fome está em toda a parte. Mas Kim Jong-un criou uma classe de elites, sobretudo de millennials, a sua geração, que prospera graças a ele e, por isso, lhe são leais.

A vida nunca foi tão boa para quem tem 20 ou 30 anos e vive em Pyongyang. Se tiverem dinheiro, e graças à corrupção, podem comprar roupas da Zara e da H&M, ter aulas de ioga e beber cappuccinos

Kim Jong-un sabe que ter um núcleo de elites com interesse em mantê-lo no poder é essencial à sua sobrevivência nas próximas décadas. Por outro lado, ao permitir a criação de algumas empresas privadas, fez emergir uma classe média.

E estas são as pessoas mais perigosas para o regime, porque as suas vidas começaram a melhorar e as expectativas a aumentar.

Resta saber se Kim poderá manter este processo e este ritmo. Na Suíça, uma das disciplinas que ele estudou era História da Revolução Francesa: até que ponto recorda as lições sobre o que acontece quando as expectativas não são correspondidas?

Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, durante uma visita ao Vietname em Fevereiro de 2019: muitos descrevem-na como “a mulher mais poderosa da Coreia do Norte”
© Reuters

Kim Jong-un com a mulher, Ri Sol-ju: uma antiga bailarina, terá sido escolhida pelo pai dele (que inicialmente a queria para si). Vem de uma família fiel ao regime. Têm três filhos
© Reuters | South China Morning Post

O Muro de Berlim caiu e a URSS começou a ruir no ano em que o pai de Kim sucedeu ao avô. Outros déspotas, da Europa ao Médio Oriente, foram sendo afastados porque dissidentes corajosos arriscaram a vida pela liberdade. Na Coreia do Norte, as pessoas preferem desertar a tentar derrubar o regime. Porquê?

Muitos na Coreia do Norte sabem que a mitologia do regime é uma mentira. Os que veem filmes e séries estrangeiras, sobretudo da Coreia do Sul, percebem que o mundo lá fora é mais livre e rico. Quando perguntei a norte-coreanos por que não se revoltam eles, responderam-me que o sistema penal é tão severo que é impensável alguém criticar e menos ainda sublevar-se contra o regime.

Kim Jong-un continua a praticar a lei do “culpado por associação”, significando isso que três gerações de uma família serão castigadas se uma delas for suspeita de crimes políticos. Talvez haja alguém tentado a criticar Kim, mesmo sabendo que isso o condenará perpetuamente a um campo de internamento, mas quem se arrisca fazê-lo, se os pais, a mulher e os filhos também forem enviados para esses gulag? Um desertor disse-me: “Se discordamos do regime, não tentamos mudá-lo, tentamos fugir dele.”

O que pode acontecer se Kim, obeso e fumador compulsivo, morrer devido a problemas de saúde?

Isto foi o que mais me surpreendeu. Em 2014, ele desapareceu da cena pública durante seis semanas, e regressou apoiado numa bengala. Kim está tão obcecado em permanecer no poder e, no entanto, não se preocupa com a saúde, que é o seu maior risco de vida. Porquê?

Estará a preparar a irmã, Kim Yo-jong, para lhe suceder?

Não há planos óbvios de sucessão. A irmã é conselheira próxima e está a trabalhar claramente para ele. Mas, na Coreia do Norte, onde vigora o sistema de Confúcio, é difícil imaginar uma mulher ascender à liderança. Supõe-se que Kim Jong-un tem três filhos, todos na infância, incapazes de assumir o comando nas próximas décadas.

Depois deste livro, vai poder regressar à Coreia do Norte?

Não. Escrever sobre o líder é como uma heresia. Não estaria em segurança se voltasse.

Kim Jong-un durante uma visita a Vladivostok, na Rússia, em 24 de Abril de 2019
© Shamil Zhumatov | Reuters

Excentricidade e crueldade de um “brilhante camarada”

O avô, Kim Il-Sung, nasceu no dia em que naufragou o Titanic. O pai, Kim Jong-il, herdou o poder no ano em que caiu o Muro de Berlim e começou o colapso da União Soviética. E Kim Jong-un, o filho, veio ao mundo em 1984, confirmando, para a Coreia do Norte, os prognósticos de George Orwell de uma era de opressão e distopia.

  • Adulado por todos desde o berço, nunca foi possível a Kim Jong-un uma vida normal. Aos 7 anos, recebeu do pai um carro a sério, modificado para o poder conduzir sozinho; aos 11, deram-lhe um revólver Colt.45, que usava à cintura.
  • Kim, que atualmente possui umas 33 mansões por toda a Coreia do Norte, 28 das quais ligadas por caminhos de ferro, túneis e bunkers, cresceu em palácios fortificados em Pyongyang, a capital, ou na estância de veraneio de Wonsan – nos arredores da qual testa agora os seus mísseis balísticos.
  • Em cada um dos aposentos da família Kim, havia pianos Yamaha e Steinway, televisões Sony, computadores, videojogos (“Super Mario”, em particular), mesas de bilhar, milhares de peças Lego e Playmobil, puzzles e pistolas de plástico – com balas reais.

As primeiras fotos de Kim Jong-un na infância foram divulgadas pela televisão estatal da Coreia do Norte, durante um concerto em Pyongyang, em 16 de Abril de 2014
© Reuters

O português João Micaelo (à esquerda) e Kim Jong-un (ao centro), numa foto da escola que ambos frequentavam na Suíça
© radiocomercial.iol.pt

  • Havia também cinemas, com paredes revestidas a madeira para melhorar a acústica, cortinas de veludo que se abriam quando as luzes se apagavam e poltronas sedosas. Filhos de uma antiga bailarina, Ko Yong-hui, e de um playboy “alcoólico e fanático por filmes”, os irmãos Kim Jon-chol, Kim Jong-un e a irmã, Kim Yo-jong, viam Ben Hur, Drácula ou a saga James Bond.
  • Os filhos da terceira mulher de Kim Jong-il vestiam roupas feitas por medida, com tecidos que vinham de Inglaterra em malas Samsonite, e lavavam os dentes com pasta Colgate importada.
  • Em 1996, Kim foi estudar para a Suíça. Tinha dois passaportes diplomáticos: um da Coreia do Norte, em nome de “Pak-un”, e outro do Brasil, que o identificava como “Josef Pwag”. Na International School of Bern, o melhor amigo de Kim era João Micaelo, filho de imigrantes portugueses, que se lembra dele como “’Un’, o miúdo asiático [sempre] de fato de treino e ténis Nike”. Os dois faziam parte do grupo de “alunos mais fracos do 6A”.

Kim Jong-un e a antiga estrela do basquetebol americano Dennis Rodman, que já visitou três vezes a Coreia do Norte: uma amizade duradoura
© Reuters | South China Morning Post

  • Basquetebol era (e é) a paixão de “Pak-un”. Todos os dias, praticava no recinto da escola, usando o mesmo equipamento (genuíno) dos Chicago Bulls: camisola com o nº 23, de Michael Jordan, e ténis Air Jordan. A bola era uma Spalding da NBA. Em 2013, cumpriu o sonho de ter Dennis Rodman, dos Harlem Globetrotters, a jogar em Pyongyang – a 1º de três visitas que selaram uma amizade duradoura.
  • O que Kim evitava era ir a campos de férias, festas e discotecas. Também não ingeria bebidas alcoólicas e fugia do contacto com raparigas. A mulher com quem mais tarde se casaria, Ri Sol-ju, foi escolhida pelo pai (que inicialmente a queria para si), uma bela e talentosa cantora, oriunda de uma família fiel ao regime. Têm três filhos.
  • Em 2009, o pai escolheu Kim Jong-un para ser o “Grande Sucessor”. O miúdo desatento nas aulas em Berna foi imediatamente promovido a “Génio entre os Génios”, e o regime que só permite aos cidadãos celebrarem os aniversários dos líderes (única ocasião em que as crianças recebem presentes) ordenou que, doravante, mais ninguém se chamaria Kim Jong-un. Quem tinha esse nome, teria de escolher outro.

Na Coreia do Norte, a única ocasião em que as crianças recebem presentes é nos dias em que se celebra os aniversários dos três Kim
© KCNA | Reuters | Newsweek

  • Em 2011, Kim Jong-il morreu de ataque cardíaco, e o filho de 27 anos assumiu a liderança. O agora “Invencível e Triunfante General”, “Líder Determinado e Magnânimo”, “Guardião da Justiça”, “A Melhor Incarnação do Amor”, “Sol do Socialismo”… não perdeu tempo a aterrorizar ainda mais a sociedade.
  • Em 2013, o tio Jang Song-thaek, um reformista protegido pela China que promovia uma visão de futuro diferente da do líder, foi condenado à morte acusado de traição. Uma das provas foi “não ter aplaudido” o sobrinho quando este ascendeu a um dos seus muitos cargos.
  • Destino ainda mais cruel coube, em 2015, ao ministro da Defesa, Hyon Yong-chol, que cometeu a indelicadeza de adormecer quando Kim Jong-un estava a discursar. Foi executado publicamente com armas antiaéreas, o seu corpo reduzido a polpa.

Kim Jong-un com o tio Jang Song-thaek, um reformista protegido pela China que ele mandou executar por o considerar uma ameaça
© Kyiodo | Reuters | Corbis | Vanity Fair

Kim Jong-nam, o meio irmão de Kim Jong-un, que este mandaria assassinar num arrojado ataque cometido por duas mulheres, em 2017, no aeroporto de Kuala Lumpur
© Getty Images | The Sun

  • A vítima seguinte, em 2017, foi o meio-irmão, Kim Jong-nam. Num audacioso ataque no aeroporto de Kuala Lumpur, Malásia, duas mulheres injectaram-no com o mortífero gás de nervos VX, quando ele, com um passaporte português, embarcava para Macau, onde vivia. Ser informador da CIA não foi o crime que o matou, mas sim ser o primogénito (filho da segunda mulher) de Kim Jong-il e potencial aspirante ao lugar de Kim Jong-un.
  • Na Coreia do Norte, tudo e todos são controlados. Há agentes que verificam quantas vezes os cidadãos fazem vénias às estátuas dos líderes ou o quão ardentemente ouvem as sessões de ideologia. Todas as casas, edifícios públicos e até cada uma das carruagens do metro ostentam fotografias de Kim Il-sung e Kim Jong-il que devem ser limpas, diariamente, com “um pano especial guardado numa caixa especial”.
  • Os que cometem crimes “normais”, como assaltos, roubos, tráfico de droga e assassínios, são detidos em “lugares para tornar uma pessoa boa através da educação”. Os suspeitos de crimes políticos e ideológicos são desterrados para campos de trabalhos forçados de onde raramente saem com vida. Os prisioneiros, frequentemente torturados (as mulheres, por exemplo, são forçadas a suicidarem-se, a abortar, a ver os filhos mortos à sua frente), alimentam-se de sapos e insetos – a sua única proteína.

Foi no filme In the Line of Fire, de Clint Eastwood, sobre um agente que protege John F. Kennedy, que Kim Jong-un se inspirou para pôr os guarda-costas a correr ao lado e atrás da sua limusine blindada”Mercedes-Baybach S600 Pullman Guard, de 16 milhões de dólares
© Getty Images | Business Insider

  • A comida de Kim é testada por um provador, não vá alguém tentar envenená-lo. Em 2018, quando se encontrou com Donald Trump em Singapura, os ingredientes para as suas refeições foram transportados de Pyongyang num avião de carga especial.
  • No mesmo avião seguia o seu Mercedes-Maybach S600 Pullman Guard, de 1,6 milhões de dólares, totalmente blindado, as portas tão pesadas (5 toneladas) que, para abrirem e fecharem, têm os seus próprios motores.
  • Foi no filme Na Linha de Fogo, onde Clint Eastwood representa o papel de um agente secreto encarregado da proteção de John F. Kennedy, que o antigo colega de João Micaelo se inspirou para pôr 12 dos 120 mil guarda-costas do Comando da Guarda Suprema a correr ao lado e atrás da sua limusine.
  • Kim Il-sung viveu até aos 82 anos. Kim Jong-il até aos 70. Kim Jong-un, que completa 35 no dia 8 de Janeiro de 2020, quer garantir que a sua “monarquia comunista”, sobrevivente há mais de sete décadas, não morrerá consigo.

Fonte:

Este segundo artigo foi feito com base na edição internacional do livro de Anna Fifield, “The Great Successor: The Secret Rise and Rule of Kim Jong Un” (Ed. John Murray, Londres, 2019)

Anna Fifield e a edição americana de O Grande Sucessor
© Miguel Cervantes

Este dois artigos, com títulos diferentes, foram originalmente publicados na revista SÁBADO, edição de 28 de Novembro 2019 | These two articles, under different headlines, were originally published in the Portuguese news magazine SÁBADO, November 28, 2019 edition

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