Agualusa vende passados em chinês

A mais importante obra na carreira do escritor angolano José Eduardo Agualusa foi publicada em Taiwan (e, segundo o contrato, em Macau e Hong Kong). Para 2014, estava prevista uma edição no continente.  (Ler Mais | Read more…)

© José Eduardo Agualusa

Em O Vendedor de Passados, José Eduardo Agualusa “fez um sonho”, ao abrigar uma osga de listras (Eulálio) na casa de um albino de pele “seca, áspera e cor-de-rosa” (Félix Ventura), para evocar “mentiras multiformes da memória” de Angola.

Este livro, que mereceu o prestigiado Independent Foreign Fiction Prize, está agora à venda em Taiwan, seguindo o título inglês, “Camaleões” (變色龍). O contrato prevê também a distribuição em Macau e em Hong Kong.

A primeira edição em caracteres tradicionais conta 2000 exemplares, com preço de capa equivalente a 60 patacas. A agência alemã que representa Agualusa reconhece que “são números modestos”, mas constata, na Ásia, “um interesse crescente” na literatura de expressão portuguesa e espanhola.

Sinal disso é que a editora Human Literature and Art Publishing House, no Continente, vai seguir o exemplo da taiwanesa Ye-Ren e lançará no mercado, dentro de 18 meses, O Vendedor de Passados, desta feita em caracteres simplificados. A tiragem será de 8000 exemplares, aproximadamente a 35 patacas cada um.

Como se explica a atracção pelos autores de língua portuguesa, quando um estudo da UNESCO, divulgado em Maio deste ano e citado pela agência Xinhua, indica que, sem incluir os manuais escolares, “os chineses não chegam a acabar de ler um livro por ano”?

Além de Agualusa, já antes foram traduzidas para chinês obras de, entre outros, Eça de Queirós, José Saramago, Fernando Pessoa (Livro do Desassossego) e Jorge Amado (Gabriela Cravo e Canela). Em breve, será a vez de Gonçalo M. Tavares (Bairro dos Senhores – Brecht, Henri, Calvino, três num só volume).

“Temos a impressão de que, principalmente na China [Continental], o desenvolvimento da economia e o aparecimento de uma nova classe média, com dinheiro e interesse pelo mundo exterior, fazem com que aumente a curiosidade pela literatura estrangeira”, informa-nos a agência do escritor que, este ano, recebeu o Prémio Literário Fernando Namora, com Teoria Geral do Esquecimento.

“Nas listas de livros mais vendidos, na China [Continental] e na Coreia [do Sul], os autores locais continuam a ser os mais importantes, mas de vez em quando aparecem nomes de outras literaturas.”

“Logicamente que a presença de títulos de língua inglesa é maior, como em todos os mercados, mas os editores andam também à procura de pérolas de outros espaços culturais para satisfazer a curiosidade cultural destes novos chineses.”

José Eduardo Agualusa, que considera Barroco Tropical a sua obra “mais complexa”, não vacila ao considerar O Vendedor de Passados “o livro mais importante” na sua carreira – “o carro-chefe”. O facto de ter ganho o prémio do Independent foi crucial para as várias traduções (cerca de 20), incluindo para coreano e bengali.

Neste caso, o escritor recorda, divertido, numa conversa telefónica a partir do Brasil, que a sua agente foi contactada com uma oferta de 100 dólares norte-americanos e a advertência: “Se não quiserem, publicamos na mesma”.

“Eu sonhei com Félix Ventura”, diz Agualusa sobre o vendedor de passados que se apaixona por Ângela, mulher que gosta de fotografar as nuvens.

“Começou por ser um conto publicado numa revista. O livro escrevi-o em Berlim, em 2001, durante uma bolsa de criação literária. A personagem tinha outro nome no sonho, mas nunca me abandonou.”

O resultado é uma sátira política brilhante e uma história de amor comovente. “O Vendedor de Passados foi imaginação pura; não tive de fazer qualquer investigação”, adianta o escritor.

Sobre os elogios unânimes da crítica e o êxito de vendas, tenta justificar: “Os livros são entidades caprichosas, mas acho que o facto de falar da fragilidade da memória e de identidade respondeu a uma necessidade do público.”

“Por exemplo, senti que na Alemanha de Leste e na Estónia as pessoas se reconheceram no livro porque estes países têm um passado que transitou do marxismo para o capitalismo. São lugares onde se procuram novos passados para justificar riqueza”.

© José Eduardo Agualusa

Chen Yihsuan, o tradutor da versão publicada em Taiwan, também se reviu na história narrada pelo réptil habitante das paredes do “genealogista” que fabrica novas vidas para os seus clientes: “empresários, ministros, fazendeiros, camanguistas, generais, gente, enfim, com o futuro assegurado”.

Chen, numa entrevista por e-mail: “Como taiwanês, pensei muito sobre o meu próprio lugar na mundo e na história da [ilha] Formosa. No passado, havia pessoas que disfarçavam a sua etnicidade (os povos aborígenes foram marginalizados no século passado e alguns fingiam que pertenciam à etnia Han); alguns tentaram inventar laços dúbios com famílias ricas e poderosas que vieram da China (havia até quem se considerasse familiar do general Chiang [Kai-Shek].

“Outros alegavam – e ainda o fazem – que são descendentes da dinastia Qing, os chamados clãs das Oito Bandeiras [elite militar manchu]; havia ainda os que tentavam esconder o facto de pais e irmãos terem sido presos políticos ou vítimas do ‘Terror Branco’ [período de repressão que o partido Kuomintang perpetrou em Taiwan durante a lei marcial, 1947-87] – muitas pessoas foram perseguidas devido às suas convicções políticas (independência, simpatias comunistas, posições dissidentes).”

“Sinto, portanto, em O Vendedor de Passados, uma grande empatia com os personagens e as suas histórias”, acrescenta Chen.

“Sendo eu um taiwanês de origem local (isto é, os meus antepassados vieram para esta ilha há mais de três gerações), tenho-me debatido com a minha identidade desde a infância. Quando estava na escola primária, éramos proibidos de falar taiwanês (ou outras línguas nativas).”

“Podíamos ser multados ou receber outros castigos se o fizéssemos. Eu exibia um grande orgulho no meu mandarim quase sem sotaque. Quase poderíamos dizer que, depois da guerra, os taiwaneses ainda vivem sob poder colonial, só que de pessoas diferentes (ou regime, se preferirem). Por isso, ainda não consigo falar taiwanês fluentemente.”

“Devido à situação complexa em Taiwan, eu próprio me sinto um camaleão. Tenho de mudar de cor consoante as pessoas que me rodeiam. É natural, para um taiwanês como eu, ter membros da família e amigos em todo o espectro político. “

A tradução demorou a Chen cerca de três meses. “Todo o processo foi uma alegria”, observou. “Embora a base tenha sido a versão inglesa, a linguagem de Agualusa é vívida e poética; a história é fascinante.”

“Talvez metade do tempo tenha sido para decifrar todos os factos ou mitos, mas valeu a pena, porque contribuiu para um maior conhecimento do país [Angola] e da sua história.” O título, 變色龍 (Camaleões), é “intencionalmente enganador”, nota Chen.

“O leitor poderá confundir os camaleões com a narração da osga, mas é isso que é belo. Todos os personagens são, de facto, camaleões; quer aquele que vende passados, quer os que procuram diferentes passados.”

“É difícil dizer qual a cor verdadeira de uma pessoa até ao momento em que tudo se define, quando se está à beira do precipício: do amor, da guerra, da traição, da vida e da morte.”

© José Eduardo Agualusa

O entusiasmo de Chen não combina com as estatísticas divulgadas em Abril pelo Ministério da Cultura em Taipé, uma cidade onde a cadeia de livrarias Eslite (megastore presente nas grandes cidades da ilha e agora também em Hong Kong) tem pelo menos uma loja aberta 24 horas por dia.

Os números mostram que “os taiwaneses lêem, em média, dois livros [impressos] por ano.” A média no Japão é de 8,4; na Coreia do Sul de 11”.

Em 2010, segundo o ministério, os taiwaneses dedicaram à leitura “4,7 horas por semana ou 40,3 minutos por dia”, um decréscimo em relação a 2008, que registou “5,1 horas/semana, 43,7 minutos/dia”.

No mesmo período, a percentagem dos que “nunca gastaram dinheiro em livros subiu de 45% para 47,5% ; e entre os que não compram livros, o número dos que justificaram “não estar interessados” aumentou de “33,7% para 35,1%”.

Uma das razões apontadas para o desinteresse é a mudança de hábitos, à medida que as editoras enfrentam uma grande concorrência por parte dos media digitais. No entanto, de acordo com a agência Reuters, os taiwaneses passam menos tempo online do que os vizinhos na China, Japão e Coreia do Sul.

O próprio mercado de e-books em Taiwan não tem vindo a crescer, “porque os editores evitam digitalizar as obras receando serem vítimas de pirataria”.

Ao procurar os títulos que mais têm cativado os leitores taiwaneses, a Reuters reparou que nos primeiros lugares do top 10 de bestsellers estão, respectivamente, um livro sobre saúde e outro de exercícios para melhorar a visão – nenhum deles de autores taiwaneses.

“Os restantes são romances ocidentais (a literatura traduzida representa 40 por cento de todas as vendas e 80% dos mais vendidos), incluindo dois volumes da trilogia 50 Sombras de Grey. A ausência de escritores taiwaneses deste tipo de listas preocupa as autoridades porque, nos anos 1980, autores como Huang Chunming, Wu Nien-jen, Zhang Dachun e Li Ao eram as estrelas mais populares de uma “sociedade reputadamente literária”, salientou a Reuters.

[Um filme – dirigido por Lula Buarque de Hollanda – que é uma adaptação livre do livro passou, em Abril de 2015, na sessão de abertura do FESTin, Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, em Lisboa. A estreia oficial, no Brasil, foi a 21 de Maio.]

© José Eduardo Agualusa

Na China Continental, com 580 editoras estatais avaliadas em 44 mil milhões de yuan [cerca de 6000 milhões de euros] publicaram-se mais de 400 mil livros em 2012, um aumento de 14,4%  em relação ao ano anterior, mas as autoridades consideram estes valores muito baixos, de acordo com o Wall Street Journal.

Os livros mais procurados são os de auto-ajuda, geralmente escritos por celebridades televisivas. Ou então bestsellers como A Rapariga com a Tatuagem do Dragão, do sueco Stieg Larsson, e O Código Tibete (que desvenda segredos budistas), ‘congénere’ de O Código Da Vinci, de  Dan Brown.

Em Agosto, a Administração Geral da Imprensa, Edição, Rádio, Filme e Televisão anunciou que iria apresentar, até ao final de 2013, uma proposta de lei para fomentar a leitura, com penalizações para quem não a cumprir.

Esta medida (vaga) foi, porém, olhada com cepticismo até pelo jornal do Partido Comunista Chinês, que sugeriu antes uma mudança no sistema de ensino.

“Uma competição feroz para obter as melhores notas nos exames faz com que sejamos obrigados a ler obras sem qualquer valor e antiquadas”, disse ao Wall Street Journal Kang Kai, director do CS-BOKY, empresa com sede em Pequim.

“Esta experiência penosa faz com que as pessoas interiorizem, mais tarde, que ler é inútil.” Há quem responsabilize, por outro lado, a censura, que é rígida em temas como política, religião e sexualidade.

“Os chineses querem ler, mas não querem ler o que o Governo publica”, comentou ao mesmo jornal Wang Xiadong, presidente da China Pioneer Culture & Media Ca, que adaptou ao cinema livros como As Flores da Guerra/ The Flowers of War, baseado no romance The 13 Women of Nanjing, de Geling Yan, sobre o massacre cometido naquela cidade pelas forças japoneses em 1937.

José Eduardo Agualusa também terá O Vendedor de Passados nos ecrãs, do Brasil, numa “adaptação livre”, sob a direcção de Lula Buarque de Hollanda. A estreia do filme, protagonizado por Lázaro Ramos e Alinne Moraes, está marcada para [21 de Maio de 2015].

Angola não está aqui presente. O enredo gira à volta de uma jovem misteriosa (Lara), que “encomenda memórias” a um “especialista em passados” (Vicente). A actriz principal resumiu assim a narrativa, em declarações ao diário O Globo: “É uma história de mentirosos que se encontram na verdade.”

“Até é possível que o filme venha a ter exibição comercial em Angola – não me admirava muito – porque a principal sala de cinema é de brasileiros”, ironiza Agualusa, num posterior contacto, por Facebook.

O autor não sabe, porém, se o seu livro agora em chinês tem uma edição angolana, à semelhança de O Ano em que Zumbi tomou o Rio (Ed. Chá de Caxinde). Outros títulos foram, entretanto, publicados pela chancela angolana do grupo LeYa, mas não O Vendedor de Passados.

Sobre esta obra, o escritor conta um episódio que o impressionou, no recente Festival de Literatura em Brazaville. “Fomos a uma escola muito pobre mas onde os alunos, de 14-15 anos, tinham sido preparados para ler três livros meus (em francês).”

“A certa altura, um dos miúdos perguntou-me: ‘O homem que muda de rosto é o Presidente da República?’ Eu fiquei espantado com a perspicácia do rapaz. Nem toda a gente entendeu isso. E, mais extraordinário, é que isto se passou no Congo, que está totalmente nas mãos dos militares angolanos.”

Agualusa, que se define como “afro-luso-brasileiro”, um homem que “não simpatiza com a ideia de nações com fronteiras, num mundo de múltiplas identidades”, garante que os seus problemas no país onde nasceu (cidade do Huambo, 1960) “são apenas políticos”, por ser crítico do regime.

Ele nada teme: “Não creio que o poder leia livros ou se preocupe com o conteúdo dos livros. Ao contrário do que acontece no mundo anglo-saxónico, onde a crítica é bem informada e dá ao leitor os instrumentos para entenderem os livros, em Angola não há sequer crítica literária; as pessoas não lêem; o que tem impacto são as entrevistas que eu dou – o dos livros é zero.”

“Na busca do passado – sonhar é o melhor caminho”

Luisa Shu-Ying Chang
© fichet.org.tw

Luísa Shu-Ying Chang, professora catedrática e directora do departamento de relações internacionais da Universidade Nacional de Taiwan, escreveu o prefácio da edição em chinês de O Vendedor de Passados. Os temas que José Eduardo Agualusa aborda nesta obra evocam a relação histórica entre a Ilha Formosa e a República Popular. (Ler mais| Read more…)

em Literatura Contemporânea da América Latina pela Universidade Complutense em Madrid em 1994, Luísa Chang Shu-Ying é, desde há duas décadas, professora e investigadora na Universidade Nacional de Taiwan. Aqui exerce o cargo de directora dos departamentos de relações internacionais.

O seu campo de acção inclui também, segundo diz, “literatura picaresca, de viagens e erótica”. Já traduziu mais de 20 romances de espanhol para chinês. Responde-nos  por e-mail.

Por que escreveu o prefácio do livro de José Eduardo Agualusa? Foi um convite ou uma iniciativa da sua parte?

Quando estudava em Madrid, vivia no  Colégio Mayor Casa do Brasil, e aprendi a  falar português. Em Taiwan, as pessoas pensam que espanhol e português são semelhantes, porque não há um departamento de português, por isso, é frequente encontrar pessoas que me pedem informações ou que escreva artigos sobre literatura espanhola e portuguesa.

Antes de 1998, quando José Saramago ganhou o Nobel, também já escrevia críticas a livros portugueses na China Times Weekly Book Review, onde tinha uma coluna. Durante sete anos, escrevi aqui mais de 350 artigos. Também escrevi uma coluna, durante quatro anos consecutivos na Eslite Monthly.

E o que escreveu no prefácio de O Vendedor de Passados?

O título é: Na busca do passado – sonhar é o melhor caminho. Eu mencionei a influência de [Jorge Luis] Borges na literatura contemporânea mundial, e o factor “sonho”, em particular. Ao sonharmos, podemos divagar pelo mundo real e pelo da fantasia, sendo ambos verdadeiros, de certa maneira.

Iniciei o prefácio com A Metamorfose, de Kafka, referindo transformação da identidade. Depois, comparei a obra de Agualusa com Axolotl, de Julio Cortázar, uma dupla identidade que mantém um diálogo entre si próprio e o seu alter ego.

Evoco, igualmente, o escritor brasileiro Augusto Cury (também escrevi o prefácio para a versão chinesa do seu livro O Vendedor de Sonhos: O Chamado).

Encontrei em ambos semelhanças, no uso do “sonho” como ligação entre o passado, o presente o futuro. Quanto à memória e identidade de alguém, cito Todos os Nomes, de Saramago.

Neste romance, só há uma pessoa chamada José; as restantes são anónimas. O meu argumento é o de que o “nome” pode ser uma identidade para alguns e não representar nada para outros. Creio que essa razão explica por que o título da versão inglesa do livro de Agualusa foi mudado para Camaleões.

O que foi, para si, mais interessante no livro de Agualusa?

Memória, identidade, diáspora e reconstrução da identificação cultural são tópicos importantes e dominantes no momento presente, em termos de estudos culturais e interdisciplinares. Na procura do passado, encontramos raízes e origens que ajudam a entender a situação actual.

O interesse e curiosidade na tradução deste romance de Agualusa não advém apenas da relação histórica entre Taiwan e a República Popular da China mas também do facto de o tema ser um dos que atrai mais escritores e leitores – nota-se muito essa tendência.

Que impacto teve a publicação deste livro em Taiwan? Houve recensões? Será objecto de estudo em universidades – na sua, em particular?

Em Taiwan, todas as editoras publicam todo o tipo de literatura, e fazem-se recensões quer a obras chinesas como estrangeiras. Uma razão é que o realismo mágico de García Márquez influenciou muito a literatura taiwanesa e chinesa, assim como obras dos prémios Nobel  Mario Vargas Llosa (2010) e Mo Yan (2012).

Quanto ao romance de Agualusa vir a ser ensinado nas universidades, isso dependerá dos currículos e das escolhas dos professores. Pode até nem ser estudado nas aulas mas é possível que venha a ser incluído em tertúlias literárias, fóruns ou seminários.

Que tipo de livros procuram os taiwaneses? Uma das principais atracções em Taipé, para um estrangeiro, é a livraria Eslite, aberta 24 horas por dia…

Sim, a Eslite Books Store é um símbolo intelectual e uma marca de referência em Taiwan. As pessoas vão à Eslite sobretudo à noite, aos fins-de-semana ou nos tempos livres. Deambular pela Eslite é um hábito da nossa vida diária. Talvez nem se compre nada, mas passamos ali um dia inteiro a ler muitos livros.

Na capital taiwanesa também há muitas actividades culturais centradas em Literatura. As pessoas mostram interesse em participar e em ouvir os oradores a dissertar sobre um romance, o seu autor e a sua história. No dia 25 deste mês, por exemplo, vou dar uma palestra sobre o ‘boom’ literário na América Latina.

É verdade que as pessoas lêem menos e compram menos livros do que outrora, mas há grupos que, unidos por interesses comuns, estão a promover a Literatura seja qual for a sua proveniência.

É difícil especificar o que os taiwaneses procuram. Geralmente, é o que lhes salta à vista, num determinado momento. Não há um apetite especial por um género específico.

O Vendedor de Passados, que José Eduardo Agualusa descreve como “o carro-chefe” da sua carreira, adoptou, em Taiwan, o título Camaleões (變色龍), à semelhança da edição inglesa

Estes dois artigos, agora actualizados, foram publicados originalmente no jornal PONTO FINAL, de Macau, em 9 de Dezembro de 2013 | These two articles, now updated, were originally published in the newspaper PONTO FINAL, Macao, on December 9, 2013

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