As primeiras-damas de Jacob Zuma

A Constituição da África do Sul foi redigida para um chefe de Estado com um casamento cristão e monogâmico. Não previa um Presidente zulu e polígamo, diz Rian Malan. (Ler mais | Read more…)

Jacob Zuma perdeu a presidência em 2019. Em 2019, prepara-se para o seu sétimo casamento
© Themba Hadebe | AP

Rian Malan, descendente da “tribo branca” que em 1949 instituiu o apartheid como ideologia oficial da África do Sul, está exultante com a ideia de ter um presidente da República com quatro mulheres de seis casamentos e pelo menos 20 filhos.

Jacob Zuma (JZ) “representa a verdadeira África, e a sua eleição tem um significado quase comparável ao de Barack Obama nos Estados Unidos”.

Não é de espantar que esta seja a opinião do jornalista, escritor e músico que grafitava as paredes do bairro branco onde vivia com a palavra de ordem Say it loud, we are black and we are proud (Digam bem alto, somos negros e temos orgulho).

Neto de Magnus Malan, ministro da Defesa do regime de segregação racial de que o seu tio-avô Daniel Malan, fundador do Partido Nacional, foi um teórico, Rian tentou sempre escapar ao “clã”.

Em miúdo, Rian trabalhou numa loja para comprar guitarras e LSD, tocava blues nos townships negros e, aos 18 anos, já era um jornalista contra o sistema.

Fugiu para Los Angeles quando quis escapar ao serviço militar obrigatório e só regressou nos anos 1980. Para os seus parentes, ele era o kaffir boetie ou nigger lover.

Autor do controverso My Traitor’s Heart: A South African Exile Returns to Face His Country, His Tribe, and His Conscience, livro onde afirma “eu amo os negros e tenho pavor deles” – e agora guitarrista da banda jazz Hot Club D’Afrique, Rian mostra-se tão divertido quanto Zuma quando se especula sobre quem o novo Presidente irá escolher para primeira-dama.

“Eu amo as minhas mulheres e tenho orgulho nos meus [22] filhos”, tem repetidamente afirmado o sucessor de Thabo Mbeki, criticando os “políticos hipócritas que mantêm amantes secretas”.

Zuma ainda vive com a sua primeira mulher, Gertrude Sizakele MaKhumalo, apoio fundamental durante os tempos que passou na prisão de Robben Island, por ter sido membro do braço armado do Congresso Nacional Africano (ANC).

Ela nasceu em 1940. Começaram a relação em 1963, mas separaram-se quando ele foi detido pelo regime do apartheid em 1963 e condenado a dez anos de prisão. Casaram-se em 1973 e não tiveram filhos.

Sizakele MaKhumalo-Zuma, a primeira mulher de JZ, que continua a seu lado, seguindo a tradição zulu de poligamia, apesar de ele estar a caminho do sétimo casamento
© Schalk Zuydam | Reuters

 

Nkosazana Dlamini-Zuma, a segunda mulher e a única de quem se divorciou. Activista do ANC, tem tido uma carreira política fulgurante desde os tempos de Nelson Mandela
© News24

Dois anos depois, Sizakele MaKhumalo-Zuma ficou sozinha na África do Sul, quando JZ foi para o exílio, e aqui conheceu a que viria a ser a sua segunda mulher, Nkosazana Clarice Dlamini, nascida em 1949. O casamento foi abençoado pela primeira mulher, de acordo com as tradições zulus de poligamia. Tiveram quatro filhos, mas divorciaram-se em 1998, ela alegando “diferenças irreconciliáveis”.

O divórcio não impediu que NDZ (iniciais de Nkosazana Dlamini-Zuma), também ela activista do ANC, seguisse uma ascendente carreira política: foi ministra da Saúde, dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna, sob as presidências, respectivamente, de Nelson Mandela, Thabo Mbeki e Jacob Zuma. Em 2002, foi eleita presidente da Comissão da União Africana – a primeira mulher na liderança [até 2007] desta organização que antes de chamava Organização de Unidade Africana (OUA) e sempre foi um bastião masculino.

[Em 2015, a BBC incluiu NDZ na sua lista das “100 Mulheres Mais Importantes”. Em 2019, um ano depois de JZ, suspeito de corrupção ter sido forçado a sair de cena para Cyril Ramaphosa assumir a presidência da República – um posto que ela ambicionava -, a ex-mulher de Zuma exerce funções de ministra dos Assuntos Tradicionais.]

A terceira mulher de Zuma foi Kate Mantsho, de origem moçambicana (cinco filhos em 24 anos de união, desde 1976). Suicidou-se, aos 44 anos, em 2000, queixando-se de ter “vivido um inferno”. Terá deixado uma nota a um reverendo, a justificar a sua decisão. Proibiu o marido de assistir ao funeral.

O quarto casamento, em 2008, em vésperas de JZ ascender à chefia do Estado e, por isso, muito badalado, foi com Nompumelelo MaNtuli, tinha ela 35 anos (nasceu em 1973). Tiveram três filhos.

[Em 2010, JZ casou-se com Thobeka Stacy Mabijha também nascida em 1973, com quem tem dois filhos. Como primeira-dama a (quinta) mulher agora conhecida como Thobeka Madiba-Zuma envolveu-se numa campanha da Unicef contra os casamentos infantis, incentivando o governo sul-africano a ilegalizar esta prática.

Em 2012, Zuma casou-se com Gloria Bongi Ngema – a sexta mulher – que já o acompanhava em viagens diplomáticas (a França, por exemplo), com quem já tinha um filho de três anos e que agora ostenta também o seu apelido. 

2015, surgiram rumores de que Nompumelelo MaNtuli-Zuma tentou envenenar JZ, o que terá forçado o seu “desterro” da casa da família em Nkandla para KwaMaphumulo, outra localidade da província de KuaZulu-Natal. 

Em Abril de  2018, foi anunciado o noivado do ex-presidente com Nonkanyiso Conco, de 24 anos – mais de 50 mais nova do que ele – que será a sétima mulher. Por se envolver com o ex-presidente e não revelar esse relacionamento, teve de se demitir de tesoureira e porta-voz de uma organização não lucrativa, She Conquers, criada por Cyril Ramaphosa em 2016 para apoiar as mulheres no combate à sida e à segregação de género.

Em Janeiro de 2019, um mês depois de o futuro marido se juntar ao Twitter, também  Nonkanyso se fez anunciar nesta rede social, com uma declaração de amo (My hubby is fit and fresh, I love you bae @PresJGZuma) e com duas fotografias suas em top-less.]

Em 2015, surgiram rumores de que Nompumelelo MaNtuli-Zuma, a quarta mulher de JZ, tentou envenenar o marido, o que forçou a sua expulsão da casa familiar no KuaZulu Natal
© joziwire.co.za

Thobeka Madiba-Zuma, a quinta mulher de JZ, envolveu-se numa campanha da Unicef contra os casamentos infantis, incentivando o governo sul-africano a ilegalizar esta prática.
© huffingtonpost.com

Estas são as mulheres “oficiais”, mas Zuma teve e terá outras namoradas, assumidas ou não publicamente. [Uma delas é Minah Shongwe, com quem teve o filho mais velho, Edward, 36 anos, homem de negócios, com acções e posições de administrador em mais de 20 companhias.]

Quanto ao número de filhos, tem sido estimado entre 13 e 22. Na imprensa sul-africana, alguns apostavam que a favorita para ser primeira-dama seria a tímida Sizakele MaKhumalo, mas outros acreditavam que seria a mais extrovertida e ambiciosa Nompumelelo Ma Ntuli.

Outros admitiam que a escolha recaísse numa das suas sua filhas, Duduzile Zuma, que tem estado sempre a seu lado nos vários processos judiciais a que tem sido sujeito, desde fraude e desvio de fundos até violação.

Inquirido sobre o aparente incómodo de Zuma ser um polígamo que se vangloria da sua virilidade, Rian Malan responde-me, por e-mail, de Joanesburgo: “A Constituição da África do Sul é um texto muito ocidental. Os que a redigiram imaginaram claramente que o presidente seria bem casado com uma só mulher, segundo a tradição cristã. Esta mulher seria a primeira-dama com direito a participar em banquetes oficiais.”

“Quando o presidente termina o seu mandato, continuará a receber o seu salário completo para o resto da vida; e quando morrer, o salário (mas também a protecção policial, etc.) passará para a sua mulher.”

“Ora, Zuma tem cinco, talvez seis mulheres, o que significará um extraordinário aumento de custos para os contribuintes (sobretudo, porque a mais recente das suas mulheres vai sobreviver em muitas décadas ao marido, que tem 70 anos.”

“Em termos de lei, a família mais próxima do presidente também tem direito a viajar gratuitamente pela South African Airways – uma despesa maciça para um homem com várias mulheres e pelo menos 22 filhos.”

[Os gastos com as mulheres estão a ser revistos por uma comissão económica para que só uma delas possa receber financiamento do Estado].

Em 2012, Zuma casou-se com Gloria Bongi Ngema – a sexta mulher – que já o acompanhava em viagens diplomáticas (a França, por exemplo), com quem já tinha um filho de três anos e que agora ostenta também o seu apelido
© Spencer Platt | pri.org

Em Abril de  2018, foi anunciado o noivado do ex-presidente com Nonkanyiso Conco, de 24 anos – mais de 50 mais nova do que ele – que será a sétima mulher
© dailymaverick.co.za

Num país onde o ANC e a sua Liga das Mulheres (que votou esmagadoramente em Zuma) lutaram pela igualdade de género e onde a sida é uma doença que mata milhares, todos os anos, ainda há lugar para a poligamia?

Rian Malan, que gerou polémica em 2003 quando, num artigo publicado na revista britânica The Spectator, considerou “grotescamente exageradas” as estatísticas sobre “30 milhões” de mortes por HIV, responde: “Só jornalistas e activistas ocidentalizados estão preocupados.”

“Thabo Mbeki seguiu políticas para [o combate à] sida que o vexaram em todo o mundo, mas a esmagadora maioria das massas sul-africanas não se incomoda. Quando as massas se ergueram contra ele, nem sequer foram referidas as suas políticas inúteis, alguns dirão genocidas.”

“Muitos activistas ficaram surpreendidos e desapontados. Eles pensam que a sida é uma questão central neste país”, adiantou Rian.

“O proletariado discorda porque se livrou de Mbeki sem hesitação, e se virou, em grande número, para Zuma, para as suas múltiplas mulheres e para o seu famoso banho anti-sida [depois de uma relação sexual, pela qual foi ilibado da acusação de violação, com uma mulher infectada com o vírus].”

Aos 55 anos, Rian Malan vai ainda mais longe na análise do desconforto sentido em alguns sectores sul-africanos com a vida excêntrica de Zuma. “O ANC foi buscar os seus líderes a uma classe burguesa de cristãos africanos, cultos e ocidentalizados. Oliver Tambo e Nelson Mandela eram advogados.”

“Mbeki descendia dos primeiros convertidos, atraídos para Jesus por missionários católicos nos anos 1860. Na sua família havia académicos, matemáticos, compositores de música clássica. A mãe avisava-o que se não fizesse os trabalhos de casa acabaria como ‘essa gente’ analfabeta.

Referia-se a pessoas como Jacob Zuma, um homem com estudos rudimentares que se orgulha das suas raízes camponesas e da sua fidelidade às tradições zulus, incluindo a poligamia”.

“O preconceito de classe na comunidade negra é um tema de que ninguém gosta de falar mas, em privado, os negros cultos, ou ‘assimilados’, desdenham de Zuma como um anormal e sentem-se mortificados por ele continuar adepto de hábitos culturais ‘atrasados’, como a poligamia, o sacrifício de animais e as danças com peles de leopardo.”

A elite do ANC considera que “este comportamento ridiculariza os africanos, mas Zuma está-se nas tintas! Alguns dizem que é só política, um plano engenhoso para atrair os votos zulus, mas eu não acredito nisso.”

Duduzile Zuma é a filha mais conhecida e influente do presidente sul-africano. Numa entrevista, quando lhe pediram opinião sobre poligamia, respondeu assim: No way. Hell no. Not that I don’t believe in it. My father practises it. I understand it. I accept it, but it’s just not my choice. Em 2016, depois de cinco anos de casamento, Duduzile divorciou-se: uma separação tão milionária quanto a união, alegando infidelidade do marido
© Mail & Guardian

A poligamia “é uma questão repleta de ironia cómica”, observou Rian. “Os liberais e revolucionários sul-africanos prestam homenagem à ideia de africanidade, mas só da boca para fora, porque o seu grande sonho é criar uma sociedade que não é de todo africana.”

“As raízes do ANC foram plantadas por missionários cristãos e depois transplantadas para o marxismo, que via o tribalismo como barbárie feudal, desligada de todas as religiões e apegada a ‘superstições’ que mantinham os africanos atrasados.”

“Lembro-me de há alguns anos ter entrevistado, a este propósito, o [já falecido] amigo e médico de Mandela, Dr. [Nthatho] Motlana, que exprimiu o seu desprezo por selvagens que tocam tambores na floresta, têm múltiplas mulheres e dançam à volta de peles de animais. Se ele tivesse poder, tais práticas teriam sido, eventualmente, proibidas aqui, como foram em Moçambique.”

Agora, “o sonho de Motlana está a desvanecer-se – não é só Zuma que está a fazer ressurgir África. Até o maior jornal da África do Sul, o tablóide Daily Sun, deve o seu êxito ao facto de oferecer aos negros o que eles querem ler, e nada disso tem a ver com o que os missionários e marxistas tentaram empurrar-lhes pela garganta a baixo.”

“E o que querem eles ler? Histórias sobre mistério e magia, possessões demoníacas e intervenções sobrenaturais de espíritos ancestrais. Os pobres são assim. E os seus primos ricos também gostam das velhas tradições, sacrificando animais nos jardins das suas mansões nos subúrbios, para agradecer aos antepassados a boa sorte.”

“Estas manifestações de África são perturbadoras para os brancos liberais e para os assimilados da variedade de Mbeki”, acentua Rian. “O sonho deles, suponho eu, era o de um país em que a educação e a ideologia progressista transformaria os africanos em europeus de pele negra.”

“A ascensão de Zuma é o prenúncio da morte dessa ideia. No final, África acabará por triunfar. Talvez para pior, quem sabe? Mas o que nós precisamos neste momento é de um bom rei negro que imponha disciplina, restaure e reinvente uma ideia que possa reunificar uma nação fracturada.”

“Há possibilidade de Zuma ser esse rei”, vinca. “Eu nunca me deixei impressionar pelo projecto de transformar a África do Sul numa democracia de estilo ocidental, com direitos de género, casamentos gay e por aí adiante.”

“Essas são ideias de uma civilização estranha. As únicas soluções que funcionam aqui assentam na história, na cultura, na tradição do povo africano. A ascensão de Zuma é o fim definitivo e velhas ilusões e o início de uma longa e dolorosa busca por algo de novo.”

Jacob Zuma,  presidente da África do Sul de 2009 a 2018, dança no dia em que se casou com Bongi Ngema, numa cerimónia tradicional, designada por Umgcagco, em Nkandla, província do KwaZulu Natal, em 20 de Abril de 2012. “Há ainda um preconceito de classe na comunidade negra”, diz Rian Malan. “Em privado, os negros cultos, ou ‘assimilados’, desdenham de Zuma como um anormal e sentem-se mortificados por ele continuar adepto de hábitos culturais ‘atrasados’, como a poligamia, o sacrifício de animais e as danças com peles de leopardo”
@ Elmond Jiyane |GCIS | Reuters

As palavras de Rian parecem confirmar as análises de que são os xhosas, como Mbeki e Mandela, e não os africânders ou boers (“agricultores”, em holandês), como ele, quem se mostra mais receoso de Zuma e das suas tradições.

“O tribalismo é um dos aspectos da vida na África do Sul que só é discutido em privado”, anota Rian Malan, que dormia com uma arma no bolso e uma faca na almofada.

Em My Traitor’s Heart, ele relata assassínios em série, de mulheres brancas massacradas nos seus quartos e homens negros linchados nos seus pátios; vinganças tribais e ajustes de contas policiais. “Oficialmente, o ANC eliminou o demónio do tribalismo mas, em privado, as pessoas admitem que permanece um factor – ainda que pequeno.”

Durante o mandato de Mbeki, prossegue Rian, “os membros da sua tribo xhosa estavam sobrerepresentados na hierarquia, daí o termo Xhosa [lê-se Cósa] Nostra, sugerindo um certo tipo de máfia.”

“Os zulus esperam, fervorosamente, que Zuma ofereça iguais oportunidades nos negócios e no governo aos membros do seu clã. Mas o ANC tem até agora preservado o nepotismo tribal suficientemente subtil para impedir que se torne uma causa de conflito com outras tribos.”

“Zuma e os Boers… hum. Quando eu era miúdo, na escola primária diziam-nos que os africanos preferiam os boers aos ingleses, ainda que este fossem mais liberais. Explicavam-nos que os ingleses falavam com uma língua bifurcada, enquanto os boers eram, honesta e abertamente, racistas (o humorista americano P.J. O’Rourke afirmou uma vez que o problema com os africânders era ‘nunca terem aprendido a mentir como os brancos’).”

“Na universidade, concluímos que isto era um cliché racista inventado por cientistas loucos do apartheid, mas trinta anos depois… ainda ouvimos os negros dizer que os boers são okay.”

Rian recorda um dia em que Zuma declarou, perante uma plateia de africânders, que “os boers e os negros percorreram juntos um longo caminho e que ‘o africânder aprendeu, de muitos modos, a viver com os negros’. Chegou a descrever-nos como ‘os únicos brancos verdadeiramente africanos’ e a gabar-nos por termos sinceramente procurado soluções para os nossos incomensuráveis problemas.”

“Foi muito divertido. Era uma manobra eleitoral, é óbvio, mas muito inteligente. Curiosamente, muitos brancos anglófonos sentiram-se ofendidos mas, que eu me lembre, não houve uma única palavra de protesto da parte dos negros.”

Que futuro prevê Rian Malan para a África do Sul liderada por Zuma? “Nunca acertei nos meus prognósticos, por isso cedi essa honra ao meu cão Tommy – ele acha que os nossos problemas só acabam com uma invasão de extraterrestres que obrigarão negros e brancos a lutarem juntos contra um inimigo comum. Podem ver Tommy em acção no YouTube, numa canção chamada Siener, que significa profeta”.

Até à chegada dos aliens, Rian Malan toca com os Hot Clube d’Afrique. “Sempre adorei a música manouche da Europa. O nosso lema é ‘cigano/boer/judeu’. É música das pequenas minorias largamente ultrapassadas por pessoas de quem suspeitam virão um dia a matá-las e a comê-las, mas que entretanto dançam. Que mais podemos fazer?”

Rian Malan: O sul-africano rebelde que desafiou a sua família e o Estado do apartheid
© The Nation

Este artigo, agora revisto e actualizado, foi publicado originalmente no jornal PÚBLICO em 2009 | This article, now revised and updated, was originally published in the Portuguese newspaper PÚBLICO, in 2009

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